XI FESTIVAL INTERNACIONAL AÇORES
Outubro 2007
(Árbitro: José Júlio Curado)

 

Prova de equipas

Prova de pares

Artigo de João Passarinho

Artigo de Gualter Dâmaso

UNS DIAS NO PARAÍSO

Por: Luís Oliveira

Tendo como pano de fundo o XI Festival de Bridge, decidimos visitar os Açores, onde nunca tínhamos estado. Em boa hora o fizemos!

Dos dias passados em S. Miguel guardamos, eu e a Bé, fantásticas recordações. Os motivos são muitos: desde a simpatia da sua gente, aos cenários de sonho que visitámos. Uma explosão de cor e de cheiros que nos invade a alma e nos provoca um turbilhão de sentimentos e emoções.

Esta terra, orgulhosa e bela, que emergiu das profundezas do oceano há milhares de anos, será ou não o que resta da mítica Atlântida. Mas nas suas estonteantes paisagens, lenda e realidade fundem-se num espectáculo único de beleza sem par.

Uma visita à Lagoa das Sete Cidades e à Lagoa do Fogo, com paragem para um banho, com direito a massagem natural nas quedas de água quente da Caldeira Velha, foram o aperitivo para a nossa estadia. A partir daí, as experiências sucederam-se a um ritmo alucinante: Lagoa e as suas piscinas naturais; Vila Franca do Campo, primeira capital da Ilha, e o seu ilhéu; as Furnas, onde mais parece estarmos num outro planeta, tal o exotismo do ambiente que nos rodeia; a Ribeira Quente onde o mar nos convidou para um refrescante banho; Povoação, onde desembarcaram e viveram os primeiros habitantes da ilha, com a sua ermida, que será o primeiro dos templos erguidos em S. Miguel; depois, rumo ao Nordeste, fomos invadidos por uma beleza absolutamente indescritível. Uma estrada muito sinuosa mas muito bem tratada, vai-nos revelando, em cada curva, a cada canto, cenários de sonho, com uma vegetação luxuriante que parece querer engolir os viajantes, quedas de água a cada passo, campos em anfiteatro, onde as vacas parecem plantadas na paisagem. E o mar, sempre o mar...

Foi uma experiência inolvidável, a repetir no futuro!

Quanto ao bridge, o torneio serviu de desculpa para estarmos no sítio certo, no momento certo. Um ambiente simpático, com os nossos anfitriões a fazerem os possíveis e os impossíveis para nos fazer sentir em casa, uma direcção técnica eficiente e um considerável número de jogadores que, na sua grande maioria, partilhavam da nossa felicidade por estar ali.

Termino esta modesta mensagem com alguns destaques e agradecimentos:
- À equipa de arbitragem, liderada pelo José Júlio Curado com a simpática e eficiente colaboração da Rosaline Barendregt.
- À incansável Ana Cabral, que nos brindou com a sua esfusiante simpatia e a sua grande eficácia.
- Ao Gualter Dâmaso, como responsável máximo pela organização deste excelente evento.
- Ao amigo Rafik que nos fez sentir em casa, ao partilhar connosco a sua forma de viver e sentir os Açores e as suas gentes.
- Aos amigos Isabel, Teresa, José e Luís que viveram e partilharam connosco, estes mágicos momentos.

Até breve

P.S.: Hesitei bastante em escrever ou não esta nota final. No meio de uma semana tão cheia de emoções, pensei se seria de deixar aqui este comentário, a destoar de tudo o resto. Mas, afinal, até no Paraíso surgem, por vezes, algumas manchas na paisagem e a melhor forma de resolver um problema é, assim o entendo, assumi-lo e não escondê-lo. Por isso, aqui fica a minha crítica a uma escassa minoria de jogadores, que sempre faz questão de tentar transtornar qualquer evento de bridge em que participa. Todos nós vivemos momentos menos felizes e o próprio jogo leva-nos, por vezes, a pontuais situações de confrontação. Mas a agressividade gratuita com que alguns actuam, de forma sistemática, a predisposição para ganhar na secretaria o que não se alcança no terreno, a conflitualidade permanente que trazem ao bridge, tem de começar a merecer uma cuidada atenção de quem organiza os eventos e, principalmente, da grande maioria dos jogadores que não se revê e que não quer conviver com este tipo de atitude. Porque estes jogadores e os respectivos comportamentos não fazem nenhuma falta ao bridge. É tempo de exigir que mudem de atitude ou que fiquem em casa!

Luís Oliveira