Outubro 2007 (Árbitro: José Júlio Curado) |
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Já lá vão quase vinte anos desde que assumi a direcção dos destinos do Bridge nos Açores.
Já lá vão onze desde que o CBSM(Centro de Bridge de S. Miguel) e a, primeiro CRA e depois ABA, começaram a participar nas provas de alta competição em Portugal.
Foi exactamente aquando da criação das Comissões Regionais que recebi um telefonema do Engº. Soares de Oliveira, então Presidente da Federação Portuguesa de Bridge, convidando-me para um "almoço de trabalho" sobre o Bridge e as Comissões Regionais, numa das minhas idas a Lisboa.
Lembro-me de lhe ter dito então, e mal nos sentamos á mesa, que antes de iniciarmos a nossa conversa, gostaria de lhe dizer o que, para mim, era o Bridge.
Lembro-me também, da sua resposta, depois de me ouvir: "vamos fazer um BOM trabalho porque, para mim também, o Bridge deve ser e enquadrar tudo aquilo que acabou de dizer.
Porque todos os Bridgistas e os Jogadores de Bridge conhecem há muito o pensamento e actuação do Engº. Soares de Oliveira no Bridge Nacional e Mundial, dispenso-me de descrever o tema.
Não é por acaso, julgo eu, que o poster "VAMOS APRENDER A JOGAR BRIDGE" lançado, em tempos, nas escolas pela Federação Portuguesa de Bridge, enumera, e POR ESTA ORDEM, o que esta modalidade desportiva pode proporcionar aos jovens: CONVÍVIO, COMUNICAÇÃO, LÓGICA, DECISÃO.
Vem tudo isto a propósito do artigo do meu amigo Luís Oliveira sobre o XI Festival de Bridge dos Açores, o qual desde já agradeço na parte profissional que me toca: o Turismo.
Aproveito aqui para fazer referência à enorme importância e repercussão que este artigo e o do João Passarinho ( a quem também já tive oportunidade de agradecer) irão ter no plano desportivo, turístico e de obtenção de apoios para os futuros Festivais.
Efectivamente, e já no fim como ele diz, e como num rebate de consciência, aí vai um relato de situações que, infelizmente, estão a tornar-se frequentes no Bridge de competição, apesar de, e aqui felizmente, circunscritas a número muito reduzido de Jogadores.
Por tudo o que atrás escrevi, não podia estar mais de acordo com o Luís Oliveira.
Mas acredito que ainda há um trabalho por fazer e para fazer por parte não só de todos os Dirigentes mas também de todos os Bridgistas.
O Bridge foi SEMPRE considerado como um jogo elegante, educado e socialmente elevado.
Foi sempre comentado como BRIDGE e os "outros" como jogos.
Toda a minha postura no Bridge ao longo destes quase 30 anos tem sido nesse sentido.
É óbvio que em qualquer modalidade desportiva é bom pertencer ao grupo dos primeiros. É bom não só para os próprios mas também, como é lógico, para as organizações e clubes.
Mas, não só no desporto, como na vida, os MELHORES serão sempre, sem dúvida, aqueles que colocam a sua sabedoria ao serviço do respeito e consideração pela diferença.
Muitas vezes a irreverência da juventude ainda não lhes deu tempo de perceberem isto.
Compete-nos também a nós, aos Dirigentes, aos BRIDGISTAS , a todos aqueles que acreditam nas potencialidades deste maravilhoso jogo educá-los nesse sentido.
Com o nosso exemplo, e claro, quando já não houver outra solução, com a nossa actuação bem firme.
EU AINDA ACREDITO!
Um grande e amigo abraço para ti Luís e a todos estes BRIDGISTAS que ao longo destes 11 anos tem contribuído para que o Festival dos Açores e o Bridge em Portugal seja : CONVÍVIO, COMUNICAÇÃO E AMIZADE.
Gualter Dâmaso