21th European Youth Team Championships

 
Em cima (da esquerda para a direita): Rafael Braga, Ricardo Braga e Nuno Dâmaso
Em baixo (da esquerda para a direita): João Barbosa, António Palma e Pedro Pratas


Capitão não jogador: Paulo Sarmento

 Diário da prova   Quadro comparativo   Os nossos resultados   Quadro geral   Desempenho individual

A competição dia-a-dia
11-07  12-07  13-07  15-07  16-07  17-07  18-07  19-07  20-07  21-07

10º Dia (21-07)
Portugal despediu-se dos Campeonatos com uma surpreendente e humilhante derrota por 2-25 contra a Áustria, que terminou atrás de nós na classificação. Conforme fomos referindo ao longo da prova, Portugal não conseguiu corresponder às legítimas expectativas de um bom desempenho, atendendo à valia técnica dos nossos jogadores e à considerável experiência que tinham no escalão júnior. Noutro local abordarei, de forma mais pormenorizada a prestação portuguesa. A Holanda conquistou o título nos juniores, seguida por Itália e Polónia. Nas Escolas, a Polónia revalidou o título, que garantiu a 2 jornadas do fim, enquanto Bulgária e França ocuparam os restantes lugares do pódio. O quadro completo dos juniores pode ser visto abaixo, aqui fica o quadro das Escolas.

Ao longo dos últimos 10 dias tentei ir dando uma imagem do que de mais importante ia acontecendo, focando o desempenho da equipa nacional, com a relatividade que uma análise à distância implica. Espero que a informação tenha sido útil.

9º Dia (20-07)
Quando tudo parecia começar a regressar á normalidade, Portugal averbou uma contundente e inesperada derrota contra a Bélgica, por 8-22. Apesar de termos perdido também contra a República Checa, por 14-16, este foi, no entanto, um resultado mais normal. No último encontro do dia, mais uma decepção, com uma derrota pesada, por 9-21, contra a Escócia. A prova termina amanhã contra a frágil selecção da Áustria, mas já nada há a fazer para evitar que esta seja a pior classificação portuguesa dos últimos anos, como se pode comprovar no quadro comparativo que disponibilizamos. Não tenho qualquer dúvida que, como em todos os casos anteriores, os nossos jogadores deram o melhor de si mesmos para obterem um resultado diferente. Como em muitas das minhas intervenções, este é mais um caso em que lamento profundamente ter razão: mas enquanto não se começar a olhar de uma forma diferente para a problemática das representações nacionais em competições internacionais, enquanto não houver um projecto sério e estruturado para as selecções, o discurso será o mesmo, bem como a nossa frustração colectiva, no final de cada competição. Manter esta insustentável situação, em que se começa a pensar na competição à entrada do avião é injusto para todos: em primeiro lugar, para quem nos representa, que parte com o objectivo de fazer o melhor que lhe é possível, com armas muitos diferentes dos demais opositores, vendo depois o ónus negativo dos maus desempenhos cair, em exclusivo, sobre as suas costas. Injusto ainda para os restantes filiados, que assistem à delapidação dos fracos recursos federativos em acções das quais não conseguem vislumbrar qualquer benefício para a modalidade, nem qualquer utilidade pessoal ou colectiva. Finalmente, injusto para todos os putativos novos jogadores que, por força do desvio de recursos, nunca terão a oportunidade de receber das estruturas federativas o apoio necessário para a sua formação.
Estou, como a grande maioria dos filiados, triste com mais esta má prestação desportiva. Mas estou também triste pelos nossos jogadores, que não mereciam este desfecho cinzento. É certo que foram eles a levar os cabides, a não marcar os chelemes ou as partidas, mas a verdadeira culpa não é deles, como nunca foi de nenhuma representação anterior com resultados quase sempre semelhantes a este. Para eles e para o Paulo Sarmento, o meu abraço de solidariedade. Estejam certos que este mau resultado não retira uma vírgula ao vosso reconhecido valor e que, antes, vos deve servir para cerrarem os dentes e para lutarem por um futuro mais risonho para a modalidade. Porque são vocês o futuro e chama-vos a responsabilidade de, com a experiência adquirida, contribuirem para mudar o muito que há para mudar. Muito mais do que vossa, a culpa é de todos nós que, activa ou passivamente, mantemos uma intolerável cegueira na forma como encaramos um assunto sério e complexo como este e, ano após ano, persistimos no erro, na indiferença quando não mesmo na covardia de empurrar as culpas para o vizinho do lado. A hora de mudar é agora, já! Enquanto é tempo...

8º Dia (19-07)
Ora aí está a verdadeira equipa portuguesa em acção. Pena que o despertar tenha sido um pouco tarde. Hoje enfrentavam 2 candidatos às medalhas: Noruega, com quem perderam por 12-18, apesar de tudo um resultado razoável se atendermos à valia do adversário e ao historial de confrontos entre as 2 selecções, em que a média era inferior a 8PV. Seguiu-se a França e a vitória por 17-13 vem alimentar a esperança de podermos garantir uma excelente prestação nos últimos encontros e alcançar uma classificação mais próxima do nosso real valor. Parabéns e ... FORÇA PORTUGAL!
Para amanhã, penúltimo dia de prova, 3 encontros: Bélgica, Republica Checa e Escócia são os adversários, dos quais os mais complicados serão, seguramente, os checos. Esperamos por um grande dia e por mais um saltinho na classificação, apesar do 16º estar já a 13 pontos de distância.

7º Dia (18-07)
O dia começou bem, com uma vitória sobre a Croácia (18-12). No entanto, o 2º encontro do dia veio trazer de volta as nuvens negras, ao perdermos por 9-21 com a Roménia, equipa que habita na nossa zona classificativa. Contudo, no último encontro surgiu, por fim, a luz ao fundo do túnel e a primeira verdadeira demonstração do nosso potencial, ao conseguirmos derrotar a Suécia por 20-10. Como é habitual, os jovens portugueses parecem apostados em realizar uma prova em crescendo, reservando as boas notícias para a parte final da competição. O dia de hoje foi francamente positivo e pode ser o balão de oxigénio que tardava para elevar a nossa moral e melhorar o nosso desempenho. Para amanhã, duas provas de fogo: Noruega e França, actuais 5ª e 6ª classificadas e sérias candidatas a um dos lugares do pódio. VAMOS A ELES!

6º Dia (17-07)
O dia hoje começou com uma derrota, diríamos que natural, frente à Itália, por 23-7. No 2º e último encontro do dia, finalmente, um resultado favorável frente à Eslováquia, por 20-10, que pode ser o tónico que faltava para levantar o ânimo dos nossos jogadores. A classificação actual (21º e penúltimo lugar) nada tem a ver com o nosso real valor, pelo que nos resta, na 2ª metade da prova, lutar para alterar a situação. Amanhã esperam-nos 3 encontros contra Croácia, Roménia e Suécia e se o último deles se afigura muito complicado, já os dois primeiros podem servir para recuperar alguns lugares na classificação. Boa sorte!

5º Dia (16-07)
A Polónia arrebatou o título feminino, vencendo a prova com uns categóricos 15,5 PV de avanço sobre as detentoras do troféu, a Holanda, e 21,5PV sobre as terceiras classificadas, a Suécia, que descem também um lugar relativamente aos anteriores campeonatos.

Entretanto, na prova open, os nossos jovens continuam a dar uma pálida imagem do seu valor, com uma nova derrota pesada frente à Hungria, por 7-22 (lá veio o tal PV de penalização para ajudar à festa). Com 10 encontros disputados, 1 vitória, 1 empate e 8 derrotas e 11 encontros por disputar, esta é a altura de começarmos a pensar em inverter o rumo dos acontecimentos, se bem que seja já muito difícil ambicionar a um lugar junto à primeira metade da classificação. Conhecendo o potencial dos nossos jogadores, é pena que não tenha havido a arte e o engenho para produzir um trabalho continuado, aproveitando a já considerável experiência destes jogadores, por forma a conseguir obter resultados positivos. Até porque, quando esta equipa júnior atingir o limite de idade, a sucessão é o deserto! A falta de projectos consistentes é, nesta área como em tudo o resto, uma "fatalidade nacional". Para amanhã, 2 encontros: a quase sempre inacessível Itália e a Eslováquia, uma equipa "do nosso campeonato". Vamos lá a acordar malta!

4º Dia (15-07)
Dia negro para as aspirações portuguesas, com uma derrota pesada contra a sempre difícil Holanda, 6-24, outra derrota algo inesperada contra a Grécia, 13-17 e mais uma derrota pesada frente à Dinamarca, 5-25, que, à nossa conta, galopou vários lugares na classificação. As fundadas expectativas numa boa prestação dos nossos jovens está, assim, a ficar comprometida, mas ainda há muito campeonato pela frente. Agora há que recuperar o ânimo e partir para uma segunda parte da prova à altura do nosso real valor. Amanhã apenas um encontro, também ele bastante complicado, contra a Hungria. Vamos lá a isso, malta!

3º Dia (13-07)
Apesar das 2 derrotas e uma vitória tangenciais, podemos considerar positivo o dia dos nossos jovens. Derrota por 13-17 contra a Inglaterra, a quem só tínhamos ganho por uma vez (curiosamente na edição anterior), vitória por 16-14 contra a Turquia a quem nunca tínhamos ganho e outra derrota 13-17 contra a Letónia, a quem tínhamos ganho, pela mesma margem, na edição de há dois anos. Amanhã é dia de descanso, para retemperar forças, que bem necessárias são para enfrentar a Holanda no primeiro encontro de Domingo. Seguem-se as, aparentemente, mais acessíveis formações da Grécia e da Dinamarca. Apesar de não termos ainda conseguido um daqueles resultados que nos possam impulsionar para uma prestação de excelência, é também verdade que temos estado a controlar os nossos recursos, contra adversários muito difíceis, sem que se verifiquem grandes desgraças que, para além do défice de pontos, sempre provocam um imenso desgaste psicológico. FORÇA PORTUGAL!

2º Dia (12-07)
Lá se manteve a tradição no 1º encontro do dia, de não conseguirmos ganhar à Rússia. Uma derrota tangencial (14-16) que, no entanto, em nada belisca os interesses e objectivos da equipa. Contra a Polónia, detentora do título, as dificuldades eram esperadas e os nossos jovens não conseguiram evitar uma derrota algo pesada (8-22). Mas a prova ainda agora começou e costumamos reagir bem a situações negativas. Para amanhã esperam-nos 3 encontros muito complicados: Inglaterra, Turquia e Letónia. Mais uma prova de fogo para os nossos jogadores. VAMOS A ELES!

1º Dia (11-07)
Uma nota (mais uma) para o completo alheamento da F.P.B. relativamente a esta importante competição. Não fora a informação adiantada por este site, era como se a prova não existisse. E assim vai o bridge em Portugal!...

Assim comecei a crónica dos 20º Campeonatos disputados em 2005! Bastou-me portanto fazer copy/paste para iniciar a crónica dos 21º Campeonatos que hoje começaram, 2 anos depois! Tirando o facto de estarmos mais velhos 2 anos mas nem todos, pelos vistos, mais sensatos, tudo continua na mesma e a Direcção da FPB continua a entender que estes assuntos não dizem respeito aos filiados, pelo que a participação dos nossos juniores não merece uma linha nos órgãos oficiais da FPB. Resta-nos a consolação de ainda haver Quinto Naipe e Lusobridge pois, caso contrário, há muito que o bridge nacional viveria numa espécie de redoma inexpugnável e de restrito acesso...

Falando agora do mais importante, a formação nacional começou com um empate contra a Alemanha, resultado um pouco abaixo da média de confrontos anteriores. Amanhã temos um dia difícil: Rússia, a quem nunca ganhámos em competições juniores e Polónia, uma das mais fortes candidatas ao pódio. Mesmo do ponto de vista psicológico, seria importante conseguir um bom começo. A ver vamos...

Luís Oliveira  

Quadro Comparativo da participação portuguesa com campeonatos anteriores  
Países  2000  2004  2005 

2007
Alemanha  16  19   

15

Áustria  9  13  16 2 
Bélgica  19  2  12 8
Bulgária        
Croácia  17  7  14 18
Dinamarca  14  14  9 5
Escócia  25    17 9
Eslováquia   

20 

 

20 

Espanha  25  25  15  
Estónia  25  13     
Finlândia  1  25     
França  5  24  5 17
Grécia    21  10

13

Holanda  7  8  19 6 
Hungria  14  15  11,5  7 
Inglaterra  10  11  20

13

Irlanda  20       
Islândia  2       
Israel  16  16  9  
Itália  13  11  16 7 
Letónia     17

13

Lituânia    23  20  
Noruega  6  5  12 12
País Gales  21       
Polónia  4  19  12

8

Rep. Checa    14  23 14
Roménia    11  19 9 
Rússia  15  10    14 
Sérvia/Montenegro   

10 

   
Suécia  21  3  14 20 
Suiça  25       
Turquia  13  10  12

16

Média Final
14,3  14  14,4 11,7
Resultados e calendário da equipa nacional  
Encontro  Adversário

 IMPS 

PV 

 Total

 CLA
Adversário  Adversário 
1  ALEMANHA  25 23 15 15 15 10
2  RÚSSIA  24 20 14 16 29 11
3  POLÓNIA  14 46 8 22 37 15
4  INGLATERRA 37 49 13 17 50 16
5  TURQUIA  32 27 16 14 66 14
6  LETÓNIA  33 43 13 17 79 15
7  HOLANDA  16 60 6 24 85 17
8  GRÉCIA  30 41 13 17 98 18
9  DINAMARCA  39 91 5 25 103 19
10  HUNGRIA  22 54 7 22 110 20
11  ITÁLIA  19 56 7 23 117 21
12  ESLOVÁQUIA  62 38 20 10 137 21
13  CROÁCIA  53 40 18 12 155 19
14  ROMÉNIA  32 59 9 21 164 20
15  SUÉCIA  75 53 20 10 184 19
16  NORUEGA 44 58 12 18 196 19
17  FRANÇA  39 27 17 13 213 17
18  BÉLGICA  29 65 8 22 221 18
19  REPÚBLICA CHECA  34 40 14 16 235 17
20  ESCÓCIA  26 56 9 21 244 18
21  ÁUSTRIA  12 82 2 25 246 19

Quadro geral  
Classificação Final


Desempenho individual
Jogadores Rafael Braga  Ricardo Braga  Pedro Pratas  Nuno Dâmaso  João Barbosa  António Palma 
Dados Mãos  Imp's  Mãos  Imp's  Mãos  Imp's  Mãos  Imp's  Mãos  Imp's  Mãos  Imp's 
1º encontro -   -   20   20   20   20  
2º encontro 20   20   -   -   20   20  
3º encontro -   -   20   20   20   20  
4º encontro 20   20   -   -   20   20  
5º encontro 20   20   20   20   -   -  
6º encontro -   -   20   20   20   20  
7º encontro 20   20   -   -   20   20  
8º encontro -   -   20   20   20   20  
9º encontro 20 -0,20 20 -0,20 - -0,32 - -0,32 20 -0,58 20

-0,58
10º encontro -   -   20   20   20   20  
11º encontro 20   20   20   20   -   -  
12º encontro -   -   20   20   20   20  
13º encontro -   -   20   20   20   20  
14º encontro 20   20   20   20   -   -  
15º encontro 20 -0,56 20 -0,56 - -0,03 - -0,03 20 -0,48 20 -0,48
16º encontro 20   20   20   20   -   -  
17º encontro -   -   20   20   20   20  
18º encontro -   -   20   20   20   20  
19º encontro 20   20   20   20   -   -  
20º encontro 20 -0,77 20

-0,77
- 0,03 -

0,03
20 -0,44 20

-0,44
21º encontro 20   20   20   20   -   -  

TOTAIS
240 -0,92 240 -0,92 300 -0,13 300 -0,13 300 -0,35 300 -0,35