10º Dia
(21-07)
Portugal despediu-se dos Campeonatos
com uma surpreendente e humilhante derrota por 2-25 contra a
Áustria, que terminou atrás de nós na classificação.
Conforme fomos referindo ao longo da prova, Portugal não
conseguiu corresponder às legítimas expectativas
de um bom desempenho, atendendo à valia técnica
dos nossos jogadores e à considerável experiência
que tinham no escalão júnior. Noutro local abordarei,
de forma mais pormenorizada a prestação portuguesa.
A Holanda conquistou o título nos juniores, seguida por
Itália e Polónia. Nas Escolas, a Polónia
revalidou o título, que garantiu a 2 jornadas do fim,
enquanto Bulgária e França ocuparam os restantes
lugares do pódio. O quadro completo dos juniores pode
ser visto abaixo, aqui fica o quadro das Escolas.
Ao longo dos últimos 10 dias
tentei ir dando uma imagem do que de mais importante ia acontecendo,
focando o desempenho da equipa nacional, com a relatividade que
uma análise à distância implica. Espero que
a informação tenha sido útil.
9º Dia (20-07)
Quando tudo parecia começar
a regressar á normalidade, Portugal averbou uma contundente
e inesperada derrota contra a Bélgica, por 8-22. Apesar
de termos perdido também contra a República Checa,
por 14-16, este foi, no entanto, um resultado mais normal. No
último encontro do dia, mais uma decepção,
com uma derrota pesada, por 9-21, contra a Escócia. A
prova termina amanhã contra a frágil selecção
da Áustria, mas já nada há a fazer para
evitar que esta seja a pior classificação portuguesa
dos últimos anos, como se pode comprovar no quadro comparativo
que disponibilizamos. Não tenho qualquer dúvida
que, como em todos os casos anteriores, os nossos jogadores deram
o melhor de si mesmos para obterem um resultado diferente. Como
em muitas das minhas intervenções, este é
mais um caso em que lamento profundamente ter razão: mas
enquanto não se começar a olhar de uma forma diferente
para a problemática das representações nacionais
em competições internacionais, enquanto não
houver um projecto sério e estruturado para as selecções,
o discurso será o mesmo, bem como a nossa frustração
colectiva, no final de cada competição. Manter
esta insustentável situação, em que se começa
a pensar na competição à entrada do avião
é injusto para todos: em primeiro lugar, para quem nos
representa, que parte com o objectivo de fazer o melhor que lhe
é possível, com armas muitos diferentes dos demais
opositores, vendo depois o ónus negativo dos maus desempenhos
cair, em exclusivo, sobre as suas costas. Injusto ainda para
os restantes filiados, que assistem à delapidação
dos fracos recursos federativos em acções das quais
não conseguem vislumbrar qualquer benefício para
a modalidade, nem qualquer utilidade pessoal ou colectiva. Finalmente,
injusto para todos os putativos novos jogadores que, por força
do desvio de recursos, nunca terão a oportunidade de receber
das estruturas federativas o apoio necessário para a sua
formação.
Estou, como a grande maioria dos filiados, triste com mais esta
má prestação desportiva. Mas estou também
triste pelos nossos jogadores, que não mereciam este desfecho
cinzento. É certo que foram eles a levar os cabides, a
não marcar os chelemes ou as partidas, mas a verdadeira
culpa não é deles, como nunca foi de nenhuma representação
anterior com resultados quase sempre semelhantes a este. Para
eles e para o Paulo Sarmento, o meu abraço de solidariedade.
Estejam certos que este mau resultado não retira uma vírgula
ao vosso reconhecido valor e que, antes, vos deve servir para
cerrarem os dentes e para lutarem por um futuro mais risonho
para a modalidade. Porque são vocês o futuro e chama-vos
a responsabilidade de, com a experiência adquirida, contribuirem
para mudar o muito que há para mudar. Muito mais do que
vossa, a culpa é de todos nós que, activa ou passivamente,
mantemos uma intolerável cegueira na forma como encaramos
um assunto sério e complexo como este e, ano após
ano, persistimos no erro, na indiferença quando não
mesmo na covardia de empurrar as culpas para o vizinho do lado.
A hora de mudar é agora, já! Enquanto é
tempo...
8º Dia (19-07)
Ora aí está a verdadeira
equipa portuguesa em acção. Pena que o despertar
tenha sido um pouco tarde. Hoje enfrentavam 2 candidatos às
medalhas: Noruega, com quem perderam por 12-18, apesar de tudo
um resultado razoável se atendermos à valia do
adversário e ao historial de confrontos entre as 2 selecções,
em que a média era inferior a 8PV. Seguiu-se a França
e a vitória por 17-13 vem alimentar a esperança
de podermos garantir uma excelente prestação nos
últimos encontros e alcançar uma classificação
mais próxima do nosso real valor. Parabéns e ...
FORÇA PORTUGAL!
Para amanhã, penúltimo dia de prova, 3 encontros:
Bélgica, Republica Checa e Escócia são os
adversários, dos quais os mais complicados serão,
seguramente, os checos. Esperamos por um grande dia e por mais
um saltinho na classificação, apesar do 16º
estar já a 13 pontos de distância.
7º Dia (18-07)
O dia começou bem, com uma vitória
sobre a Croácia (18-12). No entanto, o 2º encontro
do dia veio trazer de volta as nuvens negras, ao perdermos por
9-21 com a Roménia, equipa que habita na nossa zona classificativa.
Contudo, no último encontro surgiu, por fim, a luz ao
fundo do túnel e a primeira verdadeira demonstração
do nosso potencial, ao conseguirmos derrotar a Suécia
por 20-10. Como é habitual, os jovens portugueses parecem
apostados em realizar uma prova em crescendo, reservando as boas
notícias para a parte final da competição.
O dia de hoje foi francamente positivo e pode ser o balão
de oxigénio que tardava para elevar a nossa moral e melhorar
o nosso desempenho. Para amanhã, duas provas de fogo:
Noruega e França, actuais 5ª e 6ª classificadas
e sérias candidatas a um dos lugares do pódio.
VAMOS A ELES!
6º Dia (17-07)
O dia hoje começou com uma derrota,
diríamos que natural, frente à Itália, por
23-7. No 2º e último encontro do dia, finalmente,
um resultado favorável frente à Eslováquia,
por 20-10, que pode ser o tónico que faltava para levantar
o ânimo dos nossos jogadores. A classificação
actual (21º e penúltimo lugar) nada tem a ver com
o nosso real valor, pelo que nos resta, na 2ª metade da
prova, lutar para alterar a situação. Amanhã
esperam-nos 3 encontros contra Croácia, Roménia
e Suécia e se o último deles se afigura muito complicado,
já os dois primeiros podem servir para recuperar alguns
lugares na classificação. Boa sorte!
5º Dia (16-07)
A Polónia arrebatou o título
feminino, vencendo a prova com uns categóricos 15,5 PV
de avanço sobre as detentoras do troféu, a Holanda,
e 21,5PV sobre as terceiras classificadas, a Suécia, que
descem também um lugar relativamente aos anteriores campeonatos.
Entretanto, na prova open, os nossos jovens continuam a dar uma
pálida imagem do seu valor, com uma nova derrota pesada
frente à Hungria, por 7-22 (lá veio o tal PV de
penalização para ajudar à festa). Com 10
encontros disputados, 1 vitória, 1 empate e 8 derrotas
e 11 encontros por disputar, esta é a altura de começarmos
a pensar em inverter o rumo dos acontecimentos, se bem que seja
já muito difícil ambicionar a um lugar junto à
primeira metade da classificação. Conhecendo o
potencial dos nossos jogadores, é pena que não
tenha havido a arte e o engenho para produzir um trabalho continuado,
aproveitando a já considerável experiência
destes jogadores, por forma a conseguir obter resultados positivos.
Até porque, quando esta equipa júnior atingir o
limite de idade, a sucessão é o deserto! A falta
de projectos consistentes é, nesta área como em
tudo o resto, uma "fatalidade nacional". Para amanhã,
2 encontros: a quase sempre inacessível Itália
e a Eslováquia, uma equipa "do nosso campeonato".
Vamos lá a acordar malta!
4º Dia (15-07)
Dia negro para as aspirações
portuguesas, com uma derrota pesada contra a sempre difícil
Holanda, 6-24, outra derrota algo inesperada contra a Grécia,
13-17 e mais uma derrota pesada frente à Dinamarca, 5-25,
que, à nossa conta, galopou vários lugares na classificação.
As fundadas expectativas numa boa prestação dos
nossos jovens está, assim, a ficar comprometida, mas ainda
há muito campeonato pela frente. Agora há que recuperar
o ânimo e partir para uma segunda parte da prova à
altura do nosso real valor. Amanhã apenas um encontro,
também ele bastante complicado, contra a Hungria. Vamos
lá a isso, malta!
3º Dia (13-07)
Apesar das 2 derrotas e uma vitória
tangenciais, podemos considerar positivo o dia dos nossos jovens.
Derrota por 13-17 contra a Inglaterra, a quem só tínhamos
ganho por uma vez (curiosamente na edição anterior),
vitória por 16-14 contra a Turquia a quem nunca tínhamos
ganho e outra derrota 13-17 contra a Letónia, a quem tínhamos
ganho, pela mesma margem, na edição de há
dois anos. Amanhã é dia de descanso, para retemperar
forças, que bem necessárias são para enfrentar
a Holanda no primeiro encontro de Domingo. Seguem-se as, aparentemente,
mais acessíveis formações da Grécia
e da Dinamarca. Apesar de não termos ainda conseguido
um daqueles resultados que nos possam impulsionar para uma prestação
de excelência, é também verdade que temos
estado a controlar os nossos recursos, contra adversários
muito difíceis, sem que se verifiquem grandes desgraças
que, para além do défice de pontos, sempre provocam
um imenso desgaste psicológico. FORÇA PORTUGAL!
2º Dia (12-07)
Lá se manteve a tradição
no 1º encontro do dia, de não conseguirmos ganhar
à Rússia. Uma derrota tangencial (14-16) que, no
entanto, em nada belisca os interesses e objectivos da equipa.
Contra a Polónia, detentora do título, as dificuldades
eram esperadas e os nossos jovens não conseguiram evitar
uma derrota algo pesada (8-22). Mas a prova ainda agora começou
e costumamos reagir bem a situações negativas.
Para amanhã esperam-nos 3 encontros muito complicados:
Inglaterra, Turquia e Letónia. Mais uma prova de fogo
para os nossos jogadores. VAMOS A ELES!
1º Dia (11-07)
Uma nota (mais uma) para o completo
alheamento da F.P.B. relativamente a esta importante competição.
Não fora a informação adiantada por este
site, era como se a prova não existisse. E assim vai o
bridge em Portugal!...
Assim comecei a crónica dos
20º Campeonatos disputados em 2005! Bastou-me portanto fazer
copy/paste para iniciar a crónica dos 21º Campeonatos
que hoje começaram, 2 anos depois! Tirando o facto de
estarmos mais velhos 2 anos mas nem todos, pelos vistos, mais
sensatos, tudo continua na mesma e a Direcção da
FPB continua a entender que estes assuntos não dizem respeito
aos filiados, pelo que a participação dos nossos
juniores não merece uma linha nos órgãos
oficiais da FPB. Resta-nos a consolação de ainda
haver Quinto Naipe e Lusobridge pois, caso contrário,
há muito que o bridge nacional viveria numa espécie
de redoma inexpugnável e de restrito acesso...
Falando agora do mais importante,
a formação nacional começou com um empate
contra a Alemanha, resultado um pouco abaixo da média
de confrontos anteriores. Amanhã temos um dia difícil:
Rússia, a quem nunca ganhámos em competições
juniores e Polónia, uma das mais fortes candidatas ao
pódio. Mesmo do ponto de vista psicológico, seria
importante conseguir um bom começo. A ver vamos...
Luís Oliveira |