11º Dia
(23-07)
Portugal terminou em 13º lugar, vencendo na última
ronda a difícil Holanda. No balanço final, terminámos
com 14,4 P.V. de média, 9 vitórias, 1 empate e
11 derrotas, dados que demonstram uma melhoria relativamente
ao campeonato anterior. Está também disponível
a classificação Butler. Conforme fui dizendo ao longo desta crónica,
acredito que temos jovens com capacidade para outros voos, nomeadamente
para discutir, nos próximos campeonatos, um lugar no apuramento
para os mundiais. Mas, para sonhar alto, é necessário
traçar objectivos, desenhar um projecto e implementá-lo.
A ver vamos...
Para terminar resta-me apresentar aos nossos representantes,
jogadores e capitão, as minhas sinceras felicitações
pelo comportamento meritório que tiveram.
A Polónia revalidou o seu título europeu, a Itália
ficou em 2º e a França terminou em 3º. Nos restantes
lugares de apuramento para o Mundial ficaram a Noruega e a Hungria.
Nas Escolas, a Polónia também revalidou o título,
seguida por Israel e Noruega. O quadro final da classificação
ficou assim:
FINAL |
EQUIPA |
PONTOS |
1 |
POLAND |
248 |
2 |
ISRAEL |
238 |
3 |
NORWAY |
233 |
4 |
LATVIA |
227 |
|
SWEDEN |
227 |
6 |
ITALY |
208 |
7 |
DENMARK |
206 |
8 |
GERMANY |
202 |
9 |
FRANCE |
192 |
10 |
NETHERLANDS |
187 |
11 |
ENGLAND |
173 |
12 |
HUNGARY |
137 |
13 |
TURKEY |
124 |
14 |
AUSTRIA |
102 |
Ao longo dos últimos 11 dias mantive actualizada a informação
sobre o que de mais relevante foi acontecendo nestes campeonatos
e deixei-vos algumas reflexões pessoais sobre a evolução
dos acontecimentos. Esperando que este trabalho vos tenha sido
útil, agradeço a todos os que seguiram o desempenho
dos nossos jovens jogadores através deste site.
10º Dia
(22-07)
Hoje foi um mau dia para as nossas cores. Três encontros,
três derrotas sendo que o único resultado "anormal"
aconteceu contra a frágil equipa da Croácia. A
menos que se assista a um golpe de teatro no último encontro,
a Polónia irá revalidar o seu título europeu,
bastando-lhe marcar 6 P.V. contra a Inglaterrra e a Itália
não deixará fugir a medalha de prata. A luta pelo
outro lugar do pódio e pelo apuramento para o Campeonato
do Mundo, vai ser dramática. A Hungria (3º) tem apenas
0,5 P.V. de avanço sobre a Noruega (4º), 2,5 P.V.
sobre Israel (5º) e 6,5 P.V. sobre a França (6º),
sendo que 4º e 5º se defrontam num encontro "escaldante"
enquanto a Hungria defronta a Letónia e a França
defronta a Grécia, adversários, teoricamente, mais
acessíveis. A classificação portuguesa (13º)
dificilmente se alterará no derradeiro encontro. Na classificação
Butler,
destaque para o excelente desempenho dos irmãos Braga
e uma referência também para o Nuno Dâmaso
e o Pedro Pratas, este último a participar, pela primeira
vez nestas andanças. Uma palavra de incentivo ao João
Barbosa e ao António Palma, a quem a prova correu bastante
mal. Foi pena, porque esta equipa precisava e merecia ter tido
este par ao seu melhor nível. Mas no bridge, como em qualquer
outra modalidade desportiva, existem altos e baixos no rendimento
dos praticantes. É importante que acreditem que este resultado
menos bom não belisca minimamente o vosso (imenso) potencial.
Como havia dito no início destes comentários, uma
boa classificação seria, em meu entender, ficar
na primeira metade da tabela. De qualquer forma, julgo que se
pode classificar o desempenho dos nossos jovens como razoável,
ressaltando alguns indicadores muito positivos que terão
de ser interpretados e trabalhados pelos responsáveis
federativos. Existem razões de sobra para dar a estes
jovens um voto de confiança e para lhes proporcionar os
meios para, nos próximos campeonatos, poderem aspirar
a voos mais altos.
Nas Escolas, Israel, Letónia e Polónia continuam
a dominar a prova, quando faltam 2 encontros para o final.
9º Dia (21-07)
O dia começou em grande para as aspirações
portuguesas, com uma vitória folgada (20-10) frente aos
ingleses que, durante várias jornadas, comandaram a prova.
Depois veio o reverso da medalha, com uma derrota inesperada
contra os gregos (10-20). Com este resultado, Portugal ocupa
a 13ª posição, um pouco mais longe dos 10
primeiros mas, mesmo assim, a fazer uma boa prova. Para já,
parece ser certo que o nosso desempenho será o melhor
dos alcançados nos últimos anos nesta competição.
A Polónia mantem a liderança e está cada
vez mais destacada na frente. A Itália regressou ao 2º
lugar, por troca com a Noruega, que é agora a 3ª
classificada. Hungria, Inglaterra e França parecem ser
as equipas ainda em condições de lutar pelas medalhas.
Já está actualizada a classificação
Butler
até à 17ª jornada. Nesta altura os irmãos
Rafael e Ricardo Braga são o par português melhor
classificado (34º), seguidos por Nuno Dâmaso e Pedro
Pratas (47º).
Nas Escolas, Israel está no comando, seguido por Letónia
e Polónia.
O desenrolar da competição veio reforçar
sinais que têm sido constantes em todas as competições
onde têm participado os nossos juniores, desde que me tenho
vindo a debruçar sobre este assunto. Com efeito, ao contrário
do que se passa na competição open, os nossos representantes
mais novos têm sempre um desempenho em crescendo, o que
me leva a concluir que a carga competitiva é importante
e benéfica para eles. Olhando para as idades dos 6 jovens
que nos representam em Itália, verifica-se que têm
ainda alguns anos de juniores pela frente pelo que, um trabalho
específico e continuado com vista à próxima
edição do Campeonato da Europa poderá elevar
bastante a nossa fasquia de objectivos. O bridge júnior
é uma área fundamental para o desenvolvimento da
modalidade. O aproveitamento das indiscutíveis capacidades
deste grupo de jovens pode catapultar o nosso bridge para uma
notoriedade internacional que, muito dificilmente, será
conseguida noutros escalões competitivos. Isto, para além
de poder ser aproveitado, internamente, para a divulgação
e desenvolvimento da modalidade em sectores onde o bridge tem
tido sérias dificuldades de penetração,
nomeadamente, nas Escolas e nas Universidades.
8º Dia (20-07)
Depois da derrota por 12-18 frente à Bélgica e
da vitória frente à Letónia po 17-13, os
nossos jovens brindaram-nos com uma vitória sobre a Itália,
a formação ainda comandante da prova. Apesar da
vitória descemos um lugar na classificação,
o que é normal, dada a proximidade pontual entre as equipas.
Com estes resultados e com a moral em alta, mantem-se a expectativa
de uma classificação histórica para o bridge
nacional. Um dos sinais positivos que nos têm sido transmitidos
pelos nossos jovens é a maturidade que estão a
demonstrar e que pode ser verificada com a comparação
de resultados com campeonatos anteriores. À excepção
do encontro contra a França, não temos sofrido
derrotas muito pesadas, o que tem contribuído decididamente
para termos mais 12,5 P.V. que na competição anterior,
em encontros comuns. No que ao Butler diz respeito, destaque para o 28º lugar
de Nuno Dâmaso, seguido por Pedro Pratas (38º) e pelos
irmãos Ricardo e Rafael Braga (39º). Para amanhã,
novo teste de força contra a Inglaterra, com honras de
VUGRAPH (às 9horas em Portugal), a que se seguirá
um encontro "mais fácil" contra a Grécia.
O desempenho dos nossos jovens tem justificado o optimismo que
revelei, desde o início, com um bom resultado desportivo.
Estamos perto!
A Itália continua a comandar a prova, mas agora com apenas
0,5 P.V. de avanço sobre a Polónia. A Noruega é
3ª e a Hungria já está na 4ª posição.
Como previsto, vai haver luta até ao fim.
Nas Escolas as coisas também não correram bem à
Itália, que depois de uma concludente derrota contra a
Dinamarca, saltou do 1º lugar, ex-aequo, para o 5º
lugar. Polónia, Israel e Letónia são as
equipas do pódio, no momento.
7º Dia (19-07)
Uma vitória pouco substancial sobre a Escócia permitiu,
no entanto, aos nossos jovens a aproximação ao
9º lugar ou 10º lugar. No 2º encontro do dia,
apesar da derrota mínima frente à Suécia
(14-16), subimos ao 13º lugar. Estou sinceramente convencido
que vamos conseguir entrar na primeira metade da classificação,
apesar de termos um calendário complicado pela frente.
Tal como em campeonatos anteriores, os nossos jovens costumam
subir de rendimento na segunda metade da competição.
A Itália deu um passo importante na conquista do título
ao "arrumar" com um dos seus principais concorrentes
(Inglaterra), com um concludente 24-6. A Noruega, depois de um
início titubeante, já está em 2º lugar,
tendo a Inglaterra caído para o 3º lugar. A emoção
na luta pelo pódio vai durar até ao último
encontro. Na classificação Butler, ao fim de 12 encontros, o par Nuno Dâmaso
- Pedro Pratas continua a fazer uma magnífica prova -
43º lugar, com uma média positiva de 0,26 Imp's por
mão. Os irmãos Rafael e Ricardo Braga recuperaram
bem, estando agora em 66º lugar, com 0 Imp's/mão.
Quanto ao João Barbosa e ao António Palma, estão
em 78º com -0,15 Imp's/mão mas, estou certo que vão
dar a volta a esta situação e mostrar, na recta
final, o seu verdadeiro valor. Amanhã esperam-nos 3 encontros
- Bélgica, Letónia e Itália. A Bélgica
é uma equipa difícil mas perfeitamente ao nosso
alcance. Segue-se a Letónia que começou bem o Campeonato,
mas que tem vindo a perder fôlego, pelo que penso ser possível
alcançar uma vitória expressiva, até porque,
para fechar o dia, apresenta-se a senhora Itália. Um total
de 52/53 P.V. amanhã, perfeitamente ao nosso alcance,
colocar-nos-iam, por certo, nos 10 primeiros da geral. Força
rapazes - sofre capitão! Um abraço para vocês!
Na competição das Escolas, a Itália também
está ao leme, seguida por Israel e por uma sensacional
Letónia.
6º Dia (18-07)
Não correu como se esperava o encontro contra a Espanha.
O empate soube a pouco, tendo-se perdido uma excelente oportunidade
para nos aproximarmos da primeira metade da tabela. De qualquer
forma, a diferença não é ainda irrecuperável.
Amanhã esperam-nos Escócia e Suécia. Teoricamente,
o encontro contra os escoceses é o mais acessível,
sendo a Suécia o adversário mais forte da jornada.
Mas estas cogitações são sempre falíveis
- ainda hoje a Escócia bateu a Suécia por 20-10.
A Itália continua no comando, seguida por Inglaterra (a
fazer uma prova excelente) e Noruega, com a França a ser
relegada para a 4ª posição, depois de uma
pesada derrota frente a Israel. Na classificação
Butler
referente às 10 primeiras jornadas, Nuno Dâmaso
e Pedro Pratas são o melhor par português, em 41º
lugar, com uma média de 0,28 Imp's ganhos por mão.
João Barbosa e António Palma ocupam a 78ª
posição, com -0,18 Imp's/mão e os irmãos
Ricardo e Rafael Braga estão em 80º com -0,23 Imp's/mão.
Na competição das Escolas, que hoje começou,
a Suécia comanda, seguida pela França e por Israel.
Participam na prova 14 equipas em representação
de outros tantos países.
5º Dia (17-07)
Começámos bem, vencendo a Áustria (16-14)
para, de seguida perdermos contra a Turquia (12-18). No último
encontro do dia a importante vitória sobre a República
Checa (23-7) que nos coloca de volta à luta por um lugar
na primeira metade da tabela. Para já estamos em 14º
lugar, com uma média que é já ligeiramente
superior à do ano passado (14,2 P.V. por encontro). A
Itália assumiu o comando da prova, seguida pela Inglaterra
e França, com Noruega, Polónia, Holanda e Suécia
à espreita, numa luta pelas medalhas, que parece ir prolongar-se
até ao fim. Na prova feminina, a Holanda sagrou-se campeã
da Europa, seguida pela Suécia, que repete o 2º lugar
do ano passado e pela Áustria, que era a campeã
em título. De registar ainda que Suécia e Áustria
ficaram separadas por 1 P.V. (ver quadro abaixo com a classificação final
da prova). Para amanhã apenas 1 encontro e uma oportunidade
de ouro para subir alguns lugares na classificação,
já que vamos defrontar os nossos amigos espanhóis
que, teoricamente, têm poucos argumentos para nos fazer
frente. Também amanhã, arranca a competição
das Escolas.
COMPETIÇÃO
FEMININA |
FINAL |
EQUIPA |
PONTOS |
1 |
HOLANDA |
177 |
2 |
SUÉCIA |
165 |
3 |
ÁUSTRIA |
164 |
4 |
POLÓNIA |
157 |
5 |
RÚSSIA |
153 |
6 |
ALEMANHA |
134 |
7 |
DINAMARCA |
123 |
8 |
INGLATERRA |
116 |
9 |
ITÁLIA |
93 |
10 |
IRLANDA |
44 |
4º Dia (16-07)
Hoje é dia de repouso, bem necessário para retemperar
forças. Disputada menos de um terço da prova é
ainda cedo para balanços. Da comparação
encontro a encontro com o ano passado, ressalta uma ligeira quebra
(cerca de menos 1 P.V. de média), muito por força
dos resultados contra a França (ver quadro comparativo).
Mas a diferença para a primeira metade da tabela está
longe de ser irrecuperável. Amanhã esperam-nos
a Áustria, Turquia e República Checa. Para as pretensões
portuguesas 52 a 55 P.V. seriam ouro sobre azul!
Relativamente ao meu comentário de ontem sobre o nosso
desempenho contra Israel, lembrou-me (e bem) o João Barbosa
que se trata da mesma equipa que, no ano passado, ficou em 2º
lugar. A minha análise tinha a ver com a prestação
dos israelitas até ao momento, mas parece-me oportuno
e justo realçar a nota do João. Quanto ao mais,
estou seguro que os nossos jovens, à imagem do que já
aconteceu no ano passado, vão subir de rendimento e, consequentemente,
na classificação. Vamos a isto!
3º Dia (15-07)
Parece ser sina das formações nacionais desbaratar
pontos perante formações, teoricamente, acessíveis.
Os nossos juniores não constituem excepção,
como o demonstra a derrota frente a Israel. Foi a derrota mais
pesada até agora e logo frente à equipa que seguia
em último lugar e que conseguiu fazer mais pontos neste
encontro que no somatório dos 3 anteriores. No 2º
encontro do dia, os jovens portugueses recuperaram bem do desaire
anterior e venceram a Roménia (19-11). O dia acabou da
pior maneira, com uma pesada derrota frente à França
(5-25), uma das grandes favoritas a um lugar no pódio.
Amanhã, sábado é dia de folga, para recuperar
o ânimo. A Inglaterra retomou o comando da prova, seguida
de muito perto por Itália (2º), França e Holanda
(3º ex-aequo). Na competição feminina,
o dia não correu bem às austríacas, que
ocupam a 3ª posição. A prova é comandada
pela Holanda, com a Rússia em 2º lugar. A prestação
portuguesa ficou hoje muito aquém das expectativas, mas
ainda falta muito campeonato.
2º Dia (14-07)
O dia de hoje não correu muito bem para os nossos interesses,
apesar das duas derrotas não terem sido pesadas. No primeiro
encontro do dia, fomos derrotados pela Hungria (17,5-11,5) com
0,5PV de penalização para as duas equipas, provavelmente,
por atraso. Um resultado que pode ser considerado normal, atendendo
a que defrontámos uma das medalhadas dos campeonatos do
ano passado. Seguiu-se uma derrota por 12-18 frente à
sempre complicada formação norueguesa. No final
do 2º dia de competição, a Inglaterra comanda,
seguida pela França e Holanda. Na competição
feminina, a Áustria comanda, seguida de perto pela Rússia
e Polónia.
Amanhã vamos ter 3 encontros, com graus de dificuldade
bem diferentes. Começamos contra Israel que, este ano,
parece estar longe do fulgor de outros tempos, seguindo-se a
Roménia, uma equipa do nosso campeonato e terminando com
a França, uma das grandes candidatas aos lugares de topo.
Mas o bridge nacional costuma dar-se bem contra os gauleses...
1º Dia (13-07)
Reunião de capitães, cerimónia de abertura
e um único encontro, para abrir o apetite. Nada melhor,
para começar, que uma vitória confortável
sobre a Lituânia (20-10) com uma alucinante colecção
de swings (164 Imp's em 20 mãos!!!). Excessos próprios
da juventude...
A prova de Juniores conta com a participação de
22 equipas, menos quatro que nos anteriores campeonatos, com
a Rússia a ser a ausência mais notada. Na competição
destinada às Escolas, participam 16 equipas (mais uma
que na edição anterior) e na competição
feminina são 10 as formações em confronto
(menos uma que em 2004).
Itália, França, Polónia, Noruega e Holanda
são as minhas apostas para a discussão das medalhas
na competição de Juniores. Quanto à equipa
nacional, tenho fundamentadas esperanças num bom desempenho
o que, do meu ponto de vista, equivale a um lugar na primeira
metade da tabela. Aos jogadores e ao seu capitão desejo
as maiores felicidades. Força pessoal!
Uma nota (mais uma) para o completo alheamento da F.P.B. relativamente
a esta importante competição. Não fora a
informação (há muito) adiantada por este
site, era como se a prova não existisse. E assim vai o
bridge em Portugal!...
Luís Oliveira |