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DO QUE AQUI SE FALA...
Para além das questões técnicas a tratar, de forma
mais interactiva, no Consultório Técnico, um dos temas que
fazem as delícias da maioria dos bridgistas é a discussão
de "mãozinhas". O que pretendemos neste espaço é
apresentar algumas dessas mãos especiais, seja porque são
tecnicamente interessantes para a discussão, seja porque têm
uma boa história associada.
Conhece ou foi protagonista de uma destas mãos especiais ? Partilhe-a
connosco!
MÃO 4 - UMA MÃO ESPECTACULAR - XII OLIMPÍADAS - NOVEMBRO 2004
UM CARTEIO DE SONHO
(Luís Oliveira)
Esta mão foi carteada, de forma espectacular, pela
russa Olga Galaktionova, no 3º segmento da final da competição
de Senhoras nas XII Olimpíadas de Bridge, disputadas em Istambul.
A russa está em Sul com a seguinte mão:
em que: 1§ = pau polaco, pode ser uma mão forte 4ST = Bicolor menor Depois da natural saída a copas, que rebentou com
a única entrada no morto, delicie-se com o timing escolhido pela
russa para cumprir o seu contrato
Rapidamente, o carteio seguiu: 1) © A 2) ª D, que fez vaza 3) ¨ V, coberto pela ¨ D e ganha na mão 4) 3 voltas de trunfo, com a 3ª vaza no naipe a ser ganha por Oeste e... 12 vazas e 13 Imp´s para a Rússia O timing escolhido é o único que permite realizar as 12 vazas e tudo isto a uma velocidade relâmpago (mais rápida mesmo que alguns dos comentadores que estavam a ver as 4 mãos...). | ||||||||||||||
MÃO 3 - I TORNEIO DE PARES OPEN BALEAL - AGOSTO 2004
UM PROBLEMA DE FLANCO
(Luís Oliveira)
Esta mão foi jogada no I Torneio de Pares Open do
Clube de Bridge do Baleal e acabou por ser decisiva na disputa pelo 1º
lugar. Está em SUL com:
em que: 2¨ = 4º naipe forcing 4ª = controlo 5§ = controlo Suponha que optou pela saída a trunfo e apareceu o seguinte morto:
O declarante ganhou a vaza com o ©8 do morto e jogou a ¨D a correr.
Depois de ganhar a vaza, qual deve ser a continuação de SUL? | |||||||||
MÃO 2 - TORNEIO DE SELECÇÃO 2003-2004
O ETERNO PROBLEMA DOS CHELEMES
(Pedro Madeira)
Esta mão apareceu no Torneio de Selecção,
fase final: Em Norte, V contra NV, tem: ª R1043 © 5 ¨ V8643 § A73 O leilão foi:
A abertura de Sul corresponde a uma mão natural ou balançada, 12-14. ? - Não sei qual a melhor forma de tratar estas situações. Mas eu e o Paulo geralmente ignoramos o Dobre. Redobramos com mãos de 10+ pontos, misfit e, pelo menos, 2 naipes em que queremos dobrar (e.g. 1ª, Dbl, Rdbl com: x; AV10x; RDxx; D10xx), ou com 10-12 pontos e 3 cartas de apoio. Suponha então que marca 1ª e o leilão segue:
? Aqui a voz de 3© parece-me automática (mas é fundamental que o parceiro a interprete como tal) e conduz inevitavelmente ao cheleme, pois a mão do parceiro era: ª - © A2 ¨ AR1072 § RD10852 No Torneio de Selecção apenas 2 pares marcaram o cheleme. Um dos quais, segundo me disseram, através de um leilão em que estavam ambos "perdidos" e que até acabou por ser dobrado. Desconheço o desenrolar do leilão nas outras mesas mas, a bem da verdade, devo referir que, neste caso, Oeste pode intervir em 1© e, se Este apoiar em barragem, dificulta bastante o leilão. As mãos de EO eram:
O que gostaria de salientar é o facto de que, no leilão, mais importante do que a forma como se abordam as situações, é que a parceria se encontre no mesmo comprimento de onda. Por fim, o nosso leilão foi:
Mais uma vez peço desculpa Paulo! (a voz de 5§ era tão fácil...) | ||||||||||||||
OPINIÃO (Luís Oliveira) Para além do exemplo interessante que o Pedro aqui nos deixa, gostaria de realçar a importância da sua reflexão sobre a necessidade do trabalho de par na análise de situações competitivas. Fundamental para qualquer parceria com objectivos desportivos. Quanto ao problema em causa, estou de acordo que, após a intervenção em Dobre, se torna fácil atingir o pequeno cheleme e muito possível para um bom par chegar ao grande cheleme. Para os nossos campeões, creio que teria efectivamente bastado a marcação de 5§ em vez de 5¨. Com a intervenção em 1© e a mais que provável barragem em 4©, o grande cheleme fica bastante mais longe mas o pequeno cheleme ainda é possível, desde que Norte tenha utilizado o dobre competitivo sobre a intervenção. A questão está em saber o que é 4ST do abridor sobre 4©. Pessoalmente, julgo que deve marcar uma abertura forte com um bicolor menor. | ||||||||||||||
MÃO 1 - TORNEIO DE SELECÇÃO 2003-2004
O PROBLEMA
(Manuel Oliveira)
Esta mão apareceu no Torneio de Selecção,
fase final: Em 2ª posição, NV contra V, tem: ª xxxx © xx ¨ xx § 10xxxx O leilão foi:
Que fazer ? | ||||
OPINIÃO NOTA: | ||||