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DEFESAS CONTRA 1ST
por Luís Oliveira

As intervenções sobre as aberturas de 1ST, como sobre qualquer outra abertura precisa, são mais perigosas que as intervenções sobre aberturas imprecisas, em naipe, uma vez que, no primeiro caso, o respondente tem uma rápida avaliação da força do campo. Assim sendo, as intervenções sobre as aberturas de 1ST estão orientadas para mostrar mãos com valores distribucionais.
Com um número significativo de jogadores a aderirem à abertura de 1ST fraco - 12/14 pontos - o que fez aumentar a frequência desta abertura, mais importante se torna adoptar uma das muitas convenções existentes. De forma resumida, apresentamos, no quadro seguinte, algumas das mais populares.
Do vasto leque de convenções existentes, o quadro seguinte mostra, de forma resumida, algumas das mais populares.

Os esquemas propostos aplicam-se a todas as aberturas de 1ST, independentemente da força, seja após a abertura, seja em posição de reabertura. Os pontos nestas situações têm pouca importância. As condições para a utilização de qualquer das convenções apresentadas são: a distribuição, a vulnerabilidade e, mais importante que tudo o resto, o bom senso.
Uma nota para as intervenções em dobre sobre as aberturas de 1ST. No caso de aberturas em 1ST fraco, existe alguma tendência para fazer equivaler a força do dobre à força da abertura, isto é, alguns jogadores decidem dobrar para mostrar uma mão de força e distribuição equivalente. Trata-se, em minha opinião, de um erro grave. Na maioria das situações as duas linhas possuem forças equilibradas (20-20; 21-19; 22-18). Tratando-se de mãos balançadas, o campo defensivo parte em vantagem, uma vez que tem a seu favor o timing da saída, quase sempre decisivo.
No caso das aberturas 15-17, também sou de opinião que pouco se tem a ganhar com o DBL. Umas vezes porque, dos 10 pontos (máximo) que faltam no leilão, a maioria está no parceiro. Ao transformar o DBL vai permitir ao adversário refugiar-se num parcial em naipe, quase sempre mais favorável aos seus interesses. Noutros casos, a maioria dos pontos está no campo adversário, o que equivale a sofrer uma penalização bem mais pesada que a pontuação correspondente ao contrato possível na linha contrária. Mas não se ficam por aqui as desvantagens. Mesmo que seja a linha adversária a ganhar o leilão, o carteador possui agora uma informação preciosa sobre a localização dos pontos da nossa linha, permitindo-lhe optar pela boa linha de jogo.
Então, a alternativa para este tipo de mãos é o PASSE. Algumas vezes o parceiro está em condições de reabrir. Noutros casos tal não acontece. Mas estas não têm de ser, necessariamente, más notícias...

GRANO ASTRO - DESENVOLVIMENTOS
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Sendo fastidioso estar a analisar os desenvolvimentos de todas as convenções apresentadas, vamos concentrar a nossa atenção na eleita como a convenção favorita - o GRANO ASTRO

- Após DOBRE (mostrando ª e outro naipe), o respondente, sem 3 cartas de ª, marca 2§, perguntando qual é o outro naipe. Se for §, o parceiro passa. O DBL mostra um 4-5 ou um 5-4. Infelizmente, isto implica que, nalguns casos, se fica a jogar num fit 4-2. Contudo, é quase sempre possível ao respondente anunciar o seu próprio naipe. Suponha que tem:

EXEMPLO:

OESTE ª 76 © RV1096 ¨ V1093 § 85

LEILÃO

NORTE 1ST

ESTE Dobre

SUL Passe

OESTE ?

Com fortes probabilidades do parceiro ter § e ª e, não se sabendo qual o naipe em que existem 5 cartas, o melhor será marcar 2©

Com mãos fortes e fitadas, as opções do respondente são transformar o dobre em punitivo, marcar 3© em salto, que mostra uma mão com forte apoio em copas (caso seja este o 2º naipe do parceiro) e em espadas ou 3ª, com forte apoio em espadas, sem tolerância para copas.
A marcação de 2ST refere-se a mãos fortes, sem fit no naipe rico conhecido, por exemplo:

ª 6 © V1096 ¨ AR93 § AR85

- Após qualquer outra intervenção, sendo conhecidos os 2 naipes do bicolor, as sequências são naturais (mudança de naipe é forcing por 1 volta).

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Vamos ver alguns exemplos que justificam uma intervenção sobre a abertura de 1ST do adversário.

EX 1:

ª RD10876 © 96 ¨ R1063 § 8

EX 2:

ª RD1087 © 96 ¨ RD1063 § 8

EX 3:

ª RD108 © 96 ¨ RDV63 § 87

EX 4:

ª A76 © AV1062 ¨ R1063 § 8

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