Carta a jogar pelo jogador em 2ª posição
Os defensores
são, muitas vezes, confrontados com este problema: o declarante
joga uma carta da mão ou do morto e como deve reagir o
defensor imediatamente a seguir à carta jogada?
ª543 |
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O ª3 é jogado do morto. Que deve fazer
Este? |
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ªR76 |
O ª4 é jogado da mão do declarante,
em direcção ao morto. Que deve fazer Oeste? |
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ªA972 |
ªA953 |
¨ |
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ª4 |
Antes
de tomar uma decisão precipitada, o defensor deve tentar
identificar os objectivos do declarante. A resposta a esta questão
é, em muitos casos, simples de encontrar. Voltemos a um
dos nossos exemplos:
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ªR76 |
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Se entrar de forma
precipitada no ªA, o declarante realizará
2 vazas no naipe. Jogando uma pequena carta, o declarante faz
o ªR do morto, mas esta será
a única vaza no naipe, para o seu campo |
ªA953 |
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ª(V102) |
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ª(D8)4 |
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ªR54 |
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A mesma situação
do exemplo anterior. Ao entrar de imediato no ªA, Oeste abonará duas vazas no naipe
para o campo adversário. |
ªA108 |
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ª(V72) |
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ª(D96)3 |
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ªRV4 |
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Neste caso, entrar
no ªA resolve o problema do declarante
para perder apenas 1 vaza no naipe. Se Oeste jogar pequena, o
declarante vai ter de acertar a carta a jogar do naipe. |
ªA1085 |
¨ |
ª(D972) |
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ª(6)3 |
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ªRD |
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Neste caso, nada se
ganha em não entrar no ªA.
Ganha a vaza e o naipe fica bloqueado para o declarante. |
ªA1065 |
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ª(932) |
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ª(V87)4 |
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Querendo resumir os casos estudados até agora, poderíamos
inventar o seguinte princípio:
Os Ases servem para apanhar os
Reis!
Claro
que esta é uma figuração da realidade, que
é bem menos linear mas, ainda assim, não será
um exagero tão grande quanto possa, à primeira
vista, parecer...
Quando uma pequena carta é jogada do morto em direcção
à mão escondida do declarante, a situação
não é tão clara mas, mesmo assim e por regra,
é de jogar pequena:
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ª654 |
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Para realizar 3 vazas
no naipe, Sul deverá jogar 3 vezes de Norte em direcção
à mão. Para tal serão necessárias
as entradas necessárias no morto. Tudo será mais
fácil se Este decidir apresentar o ªA
antes de tempo. |
ª(97) |
¨ |
ªA1082 |
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ª(RDV3) |
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ª654 |
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Agora, o caso é
mais graveque no exemplo anterior. Jogar o ªA
significa perder 1 vaza, já que a ªD
iria, por certo, ganhar a vaza. |
ª(D) |
¨ |
ªA872 |
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ª(RV1093) |
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ª654 |
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Estão reportados
alguns casos de parceiros que consideram a entrada de ªA como uma ofensa pessoal. Mais duro que ver
voar uma vaza defensiva é a humilhação...os
esgares curiosos e sorridentes dos adversários! |
ª(RD) |
¨ |
ªA82 |
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ª(V10973) |
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Mas, como em tudo o que ao bridge diz respeito, excepção
feita à obrigatoriedade de assistir aos naipes, não
existem leis irrefutáveis, nem verdades absolutas. Assim,
situações existem em que o jogador nº2 não
deve jogar pequena carta:
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ªD7
©742 |
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Num contrato com trunfo
copas, o declarante joga o ª6 da mão em direcção
ao morto. Se Oeste jogar pequena, a ªD
do morto fará a vaza e, graças ao corte da 3ª
espada o declarante realiza 3 vazas no naipe. |
ªR42
©V106 |
¨ |
ª(V10853)
©(85) |
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ª(A9)6
©(ARD93) |
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ªR104 |
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Se Oeste fornecer uma
pequena carta sobre o ª3 do declarante, o ª10 do morto pode realizar a vaza e, pior que
isso, o declarante conseguir realizar 5 vazas no naipe contra
nenhuma da defesa. Intercalar uma figura, garante à defesa
1 vaza no naipe. |
ªDV8 |
¨ |
ª(72) |
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ª(A965)3 |
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Estas
excepções podem ser consideradas como casos de
URGÊNCIAS para a defesa. |